A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quebra de medidas cautelares e suposta tentativa de coação ao Judiciário, provocou forte repercussão entre parlamentares e lideranças políticas de Mato Grosso.
As reações foram imediatas, principalmente entre representantes da direita no estado, que classificaram a decisão como “perseguição”, “revanchismo” e até “instalação de ditadura”.
Reações da direita em MT:
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Senador Wellington Fagundes (PL) afirmou que Bolsonaro não cometeu crime e que a decisão busca apenas calar sua voz.
“Ele não roubou, não está envolvido em escândalos. O que querem é silenciar Bolsonaro, mas não vão conseguir. O povo já está na rua”, declarou.
Fagundes também destacou que os atos do domingo (3), intitulados “Reaja Brasil”, superaram manifestações anteriores.
“O bolsonarismo não vai morrer. Está no coração do povo”, concluiu.
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Deputado Estadual Gilberto Cattani (PL) classificou a prisão como absurda e afirmou que o Brasil não vive mais em uma democracia.
“Foi instaurada uma ditadura. Ele não cometeu crime algum, apenas cumprimentou manifestantes”, disse.
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Deputado Federal Coronel Assis (União) emitiu nota de repúdio, apontando a decisão como “midiática”.
“O decreto busca antecipar um espetáculo pretendido pela esquerda para tirar de cena o maior líder da direita brasileira.”
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Deputado Federal José Medeiros (PL) defendeu que Bolsonaro não fez publicações nas redes e criticou o critério da prisão.
“Se for por isso, então vão ter que prender metade do Congresso. Ele [Moraes] está exagerando. Está mais preso que o próprio Bolsonaro.”
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Deputada Federal Coronel Fernanda (PL) apontou perseguição política:
“É uma injustiça que envergonha o Brasil. Mas não conseguirão calar quem sempre defendeu o povo.”
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Prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) compartilhou vídeo do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) criticando a decisão de Moraes. Também publicou a nota de repúdio do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), que classificou a prisão como “injusta e desnecessária”.
Vozes da esquerda e críticas ao ex-presidente:
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Deputado Estadual Valdir Barranco (PT) defendeu a medida, apontando que Bolsonaro descumpriu reiteradamente as medidas impostas.
“Ele brinca com a Justiça. Logo será preso em definitivo”, comentou.
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Ex-deputada Federal Rosa Neide (PT) disse que o grupo de Bolsonaro desrespeita a democracia e os problemas econômicos atuais têm raízes em sua gestão.
“Eles atacam o STF e não respeitam a Constituição. A população já entendeu quem são os verdadeiros traidores da pátria.”
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Senadora Margareth Buzetti (PSD) também criticou o ministro Moraes, dizendo que “ninguém está acima da lei” e afirmou que assinou o pedido de impeachment do magistrado.
“Paciência tem limite”, declarou em vídeo.
Contexto da decisão judicial:
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar por, supostamente, ter descumprido a proibição de usar redes sociais — direta ou indiretamente. O estopim foi a participação remota de Bolsonaro em uma manifestação no Rio de Janeiro, com o vídeo sendo compartilhado por seus filhos, parlamentares federais.
A medida segue outras ações do STF que investigam o ex-presidente por tentativa de golpe e coação institucional.
O cenário político que se forma:
Enquanto muitos apontam o risco de enfraquecimento da direita, aliados acreditam que a prisão de Bolsonaro pode causar efeito contrário. A insatisfação popular com a atual situação econômica — marcada por juros altos, instabilidade do mercado, preços elevados e dificuldades no comércio — pode reacender o desejo de mudança e reforçar a mobilização da base conservadora.
Além disso, lideranças de direita em Mato Grosso, como Gilberto Cattani (Assembleia Legislativa), José Medeiros (Câmara dos Deputados), Coronel Assis, Abilio Brunini e Coronel Fernanda, reforçam que o movimento bolsonarista continua vivo e atuante.
A prisão domiciliar de Bolsonaro, embora simbólica, reacendeu o debate político em Mato Grosso e em todo o país. De um lado, a Justiça alega quebra de regras. Do outro, a direita interpreta a decisão como tentativa de silenciamento.
Seja qual for o desfecho, o episódio reafirma o clima de polarização no Brasil e antecipa os desafios e estratégias que marcarão as eleições de 2026.
🗞️ Por MT Urgente News














