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PSDB em Mato Grosso vive retração e futuro da sigla em 2026 levanta questionamentos

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) atravessa um período de retração em Mato Grosso, refletindo a crise de representatividade que a legenda enfrenta em nível nacional desde 2016. Se no passado foi um dos partidos mais fortes do Estado, hoje a sigla luta para não perder ainda mais espaço no cenário político.

Atualmente, o PSDB conta em Mato Grosso com um deputado estadual, três prefeitos, quatro vices e 66 vereadores. O contraste é grande em relação ao auge vivido nos anos 1990, quando o ex-governador Dante de Oliveira marcou a história política ao se filiar ao partido em 1997, sendo reeleito em 1998. Naquele período, o PSDB chegou a eleger um senador, seis deputados estaduais, três federais, além de 54 prefeitos e 376 vereadores.

Já em 2022, em federação com o Cidadania, a sigla somou pouco mais de 102 mil votos para estadual e cerca de 31 mil votos para federal, elegendo apenas Carlos Avallone, atual presidente da legenda em Mato Grosso. Na capital, a representação se resume a Maria Avallone, vereadora e esposa do deputado.

No cenário nacional, a legenda também perdeu espaço. Em 2018, o então presidenciável Geraldo Alckmin obteve o pior desempenho da história do PSDB em eleições presidenciais, com apenas 4,76% dos votos. A polarização entre PT e bolsonarismo esvaziou ainda mais o espaço tucano no debate político.

Em Mato Grosso, o partido sofreu abalo com a derrota do ex-governador Pedro Taques em 2018, quando não conseguiu se reeleger. Desde então, perdeu densidade eleitoral e muitos de seus quadros migraram para outras siglas.


O desafio do futuro

O quadro para 2026 traz dúvidas inevitáveis: será que o PSDB sairá mais forte do próximo pleito ou continuará enfraquecendo no Estado?

Além da dificuldade em formar uma base com candidatos competitivos, analistas avaliam que o próprio posicionamento do partido como “centro” tem contribuído para a perda de espaço. Em um cenário de forte polarização política, os eleitores tendem a buscar candidatos que se posicionam claramente — seja à direita ou à esquerda — e não aqueles que “ficam no meio do caminho”.

Como diz o ditado popular, “nem lá, nem cá”, o eleitorado atual demonstra menor tolerância com partidos que evitam assumir um lado definido. Isso levanta o questionamento: será que o PSDB terá capacidade de se reinventar e mostrar relevância em Mato Grosso, ou seguirá perdendo espaço diante de partidos que entregam discursos mais firmes e identitários?


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Cuiabá-MT 15.12.2025 03:40

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