Atualizada às 09h27 — A eleição que escolheria a nova diretoria da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) para os próximos quatro anos foi suspensa na manhã deste sábado (3), em Cuiabá, após a chegada de uma oficial de justiça com decisão liminar.
O pleito, marcado para começar às 9h na sede da entidade, foi interrompido cerca de 10 minutos antes da abertura das urnas.
Entenda os motivos
A suspensão atendeu ao pedido da chapa Federação Para Todos, liderada pelo empresário João Dorileo Leal, que alegou irregularidades no processo eleitoral. Segundo a contestação, a medida busca assegurar transparência e correção no processo.
Os principais pontos levantados foram:
✅ Na noite anterior, uma decisão judicial surpreendeu ao impedir o clube Campo Novo do Parecis de votar — clube que havia declarado apoio à chapa de Dorileo.
✅ Ao mesmo tempo, surgiram suspeitas de que o clube Juara, que não teria direito legal ao voto, fosse incluído na votação, o que beneficiaria a chapa da situação.
“A eleição foi suspensa rumo a outra data, por falta de isonomia e paridade de armas. Entendemos que a decisão mais adequada é suspender agora para garantir uma eleição limpa, dentro do Estado Democrático de Direito,” afirmou Antônio Eduardo Costa Silva, advogado da chapa oposição.
Movimentação intensa e clima tenso
Desde cedo, a sede da FMF registrava intensa movimentação. O acesso ao prédio foi rigidamente controlado, com conferência nominal na entrada. Pela primeira vez, a votação aconteceria a portas fechadas, com entrada da imprensa permitida apenas após o encerramento da apuração.
A votação envolveria dirigentes de 21 clubes e uma liga, conforme lista oficial publicada pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), que atua como mediador do processo eleitoral.
Os protagonistas da disputa
O atual presidente da FMF, Aron Dresch, busca a reeleição. No comando desde 2017 e ex-presidente do Cuiabá Esporte Clube, Aron tenta seu terceiro mandato consecutivo — o que o levaria a 12 anos à frente da federação.
A principal oposição vem de Dorileo Leal, presidente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Mixto Esporte Clube, que encabeça o movimento Federação Para Todos.