A deputada federal Gisela Simona (União) manifestou-se sobre a recente decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, afetando diretamente diversos municípios brasileiros. Em Mato Grosso, o bloqueio chegou a R$ 164,6 milhões, causando impacto significativo na administração municipal.
Impactos para os Municípios
Gisela destacou que a suspensão comprometeu o planejamento de muitos prefeitos, que dependiam das emendas para equilibrar as contas e finalizar projetos essenciais:
“Muitos municípios ficaram prejudicados. Prefeitos que queriam encerrar a gestão com a conta fechada acabaram não recebendo esse recurso.”
Além disso, a deputada alertou que o rigor sobre a destinação das emendas tende a aumentar, com propostas de reformulação do modelo de distribuição já em tramitação no Congresso.
A Necessidade de Transparência e Reformulação
Defensora de mudanças no formato das emendas, Gisela sugeriu a adoção de emendas impositivas individuais, em substituição às de comissão. Ela acredita que essa alteração promoveria mais transparência e eficiência na aplicação dos recursos:
“A transparência que tanto se busca já estaria nas próprias indicações individuais.”
O Papel das Emendas Parlamentares
As emendas parlamentares são instrumentos que permitem ao Congresso Nacional influenciar o orçamento anual, acrescentando ou ajustando itens na proposta enviada pelo Executivo. Apesar de não ser a principal função dos parlamentares, elas são uma ferramenta vital para direcionar recursos públicos às necessidades regionais.
Com a suspensão, os municípios que dependem desses valores enfrentam desafios na execução de obras, serviços e projetos sociais, ao mesmo tempo em que os parlamentares enfrentam possíveis prejuízos políticos, especialmente em períodos eleitorais.
Essa situação reforça a necessidade de um debate amplo sobre o modelo atual de emendas parlamentares, buscando equilíbrio entre eficiência, transparência e os interesses locais.