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Trump impõe tarifas a 14 países e mira Brics em nova ofensiva comercial

O ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato à presidência, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (8) novas tarifas de importação sobre produtos de 14 países, com alíquotas que variam de 25% a 40%. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e marca a retomada de sua agenda comercial protecionista, voltada à pressão por acordos bilaterais com os EUA.

As decisões foram formalizadas por meio de cartas enviadas aos líderes dessas nações e divulgadas na rede social Truth Social. Paralelamente, Trump adiou por três semanas o início do “tarifaço global”, inicialmente previsto para esta quarta-feira (10).

 Alerta aos parceiros e linha dura com o Brics

A Casa Branca afirma que a medida tem como objetivo demonstrar força e compromisso com os interesses comerciais norte-americanos. Em tom firme, Trump declarou:

“Diria que o prazo de 1º de agosto é definitivo, mas não 100%. Se houver disposição para um novo acordo, ouviremos.”

Apesar disso, Trump elevou o tom contra o Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outras economias emergentes, dizendo que o bloco promove desequilíbrios e enfraquece a liderança econômica dos EUA.


Tensão internacional e risco de retaliação

A escalada protecionista provocou reações imediatas. A China criticou o uso de tarifas como instrumento político, a Rússia defendeu o Brics como grupo de interesses próprios e a África do Sul reforçou o papel do bloco na construção de uma ordem multilateral mais justa.

O Brasil, também membro do Brics, ainda não se manifestou oficialmente sobre as tarifas impostas ou sobre uma possível sobretaxa adicional em produtos exportados.

Especialistas alertam que o movimento de Trump, às vésperas da eleição presidencial, visa fortalecer seu discurso nacionalista, mas pode provocar uma nova onda de retaliações e instabilidade no comércio internacional, afetando setores como tecnologia, agricultura, indústria pesada e energia.


Confira os países e tarifas anunciadas:

País Tarifa (%)
Laos 40%
Myanmar 40%
Cambodja 36%
Tailândia 36%
Bangladesh 35%
Sérvia 35%
Indonésia 32%
África do Sul 30%
Bósnia e Herzegovina 30%
Malásia 25%
Coreia do Sul 25%
Japão 25%
Cazaquistão 25%
Tunísia 25%

As notificações ressaltam que as tarifas são apenas o “início” da correção dos déficits comerciais dos EUA com esses países e que novas medidas podem ser aplicadas em caso de retaliações ou falta de diálogo.


Última chance para negociações

O prazo de três semanas até o início das novas tarifas é visto como a última janela para acordos diplomáticos. Países como Reino Unido, China e Vietnã já iniciaram tratativas, mas a maioria ainda busca alternativas para evitar sanções mais duras.

A escalada de tarifas pode impactar diretamente exportadores brasileiros se houver retaliações ou se o Brasil for incluído em novas listas — principalmente em setores como soja, carnes, minério e produtos industrializados.

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Cuiabá-MT 15.12.2025 03:48

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