Equipamentos serão utilizados no sistema de transporte de Salvador; governo de MT afirma que recursos da venda serão aplicados no BRT
Os últimos quatro vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deixaram na manhã desta sexta-feira (4) o Centro de Operações em Várzea Grande, encerrando definitivamente o ciclo do projeto de mobilidade urbana que foi lançado para a Copa do Mundo de 2014 e jamais concluído.
Os vagões seguirão em transporte terrestre até a cidade de Hortolândia (SP), onde passarão por manutenção especializada. Depois, serão levados para Salvador (BA), onde serão reaproveitados no sistema de transporte da capital baiana.
Venda inclui trilhos, subestações e equipamentos
A movimentação faz parte do acordo firmado entre os governos de Mato Grosso e da Bahia, que prevê a transferência de 40 composições (280 vagões), além de trilhos, cabeamentos e subestações elétricas. O contrato foi assinado em julho de 2023, com valor global de R$ 793,7 milhões, divididos em quatro parcelas anuais até 2027.
Para garantir o pagamento, o governo baiano utilizou recursos vinculados ao Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Fim oficial do VLT e reorientação para o BRT
A decisão de encerrar definitivamente o projeto do VLT foi tomada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), que optou por adotar o sistema de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) como alternativa mais viável para as cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o governo, o valor obtido com a venda dos equipamentos representa a recuperação de mais da metade dos recursos investidos nas obras inacabadas do VLT, considerado um dos maiores fracassos de mobilidade urbana do país.
“Todo o recurso arrecadado será aplicado na implantação do BRT, incluindo a compra dos ônibus e a estrutura de operação nas duas cidades”, informou Mauro Mendes.
O que vem por aí
Com os valores em caixa, o governo estadual já iniciou os investimentos para implantação do BRT, que deve contar com veículos modernos, corredores exclusivos e sistema integrado entre as cidades-polo da Região Metropolitana.
A expectativa é de que o novo modal entre em operação nos próximos anos, substituindo o projeto abandonado e oferecendo uma solução de transporte público mais ágil, econômica e funcional.
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