Mesmo declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua sendo considerado por aliados a figura central nas eleições presidenciais de 2026. Segundo o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, caberá exclusivamente a Bolsonaro a escolha do candidato que representará a sigla na disputa.
Em entrevista ao Podcast Política de Primeira, Valdemar destacou que o ex-presidente mantém uma liderança “incontestável” no partido e, por isso, ninguém será lançado sem o aval dele.
“É ele quem vai decidir, porque é o dono dos votos. Pode definir no próximo ano ou até às vésperas da eleição. Em 2018, Lula, mesmo preso, escolheu Haddad na última hora. Bolsonaro terá a mesma prerrogativa”, afirmou Valdemar.
O peso político de Bolsonaro
Para Valdemar, apesar da inelegibilidade, Bolsonaro ainda é a principal força da direita no Brasil e possui a capacidade de transferir votos, o que o torna peça-chave na definição da chapa presidencial. O dirigente ressaltou que o partido aguarda a decisão final da Justiça Eleitoral, mas que a palavra de Bolsonaro será determinante.
Possíveis nomes em análise
Embora tenha evitado apontar favoritos, Valdemar mencionou lideranças que, segundo ele, têm aprovação popular sólida em seus estados e poderiam representar o PL ou compor alianças:
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Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, considerado um dos nomes mais próximos a Bolsonaro;
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Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, que mantém alta aprovação;
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Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, com bom desempenho regional;
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Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás;
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Tereza Cristina (PP), senadora por Mato Grosso do Sul e ex-ministra da Agricultura;
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Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, além dos filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro, que também aparecem como alternativas.
“Na minha opinião, vai rodar por aí. Temos opções fortes. Mas será Bolsonaro quem vai bater o martelo”, disse Valdemar.
“Ainda há esperança” de candidatura
Apesar da decisão do TSE, Valdemar afirmou acreditar que ainda existe chance de Bolsonaro voltar a disputar diretamente a presidência, citando o exemplo de Lula, que após ser preso retornou ao Palácio do Planalto.
“Quando Lula estava preso, ninguém acreditava que ele seria candidato novamente. Ele foi, concorreu e venceu. Então, ainda há esperança”, declarou.
O cenário para 2026
O PL se prepara para a eleição presidencial apostando na força da imagem de Bolsonaro como líder do campo conservador. Mesmo sem estar nas urnas, o ex-presidente poderá influenciar alianças, compor chapas e direcionar sua base de apoiadores.
A expectativa é que a decisão oficial do partido seja anunciada após as convenções partidárias de 2026, mas os bastidores já indicam movimentações intensas para a escolha do nome que tentará suceder Lula no Planalto.














