Após uma intensa batalha política travada nos últimos três meses, o vereador Dídimo Vovô (PSB) conquistou uma vitória importante na Câmara Municipal de Cuiabá. O projeto de lei de sua autoria, que garante o direito dos profissionais da educação a se alimentarem com o excedente da merenda escolar, foi reapresentado com alterações e teve parecer contrário da CCJR derrubado em plenário, em uma sessão marcada por emoção, embates e reconciliação.
O projeto, aprovado no final de 2024, foi vetado pelo prefeito Abílio Brunini (PL) em janeiro deste ano e teve o veto mantido em votação anterior. Desde então, o parlamentar percorreu com resiliência os corredores do Legislativo, mobilizando colegas, esclarecendo pontos e sensibilizando a maioria dos vereadores sobre a necessidade da proposta.
Atualmente, mais de 9 mil profissionais da educação municipal – entre professores, auxiliares, técnicos e administrativos – são impedidos de consumir a alimentação preparada nas escolas, mesmo quando há excedente. O projeto quer garantir esse direito sem qualquer impacto no orçamento, aproveitando alimentos que iriam para descarte.
Durante a sessão desta quinta-feira (20), o vereador mudou a postura combativa de sessões anteriores e adotou um tom conciliador e respeitoso, pedindo perdão à vereadora Samanta Íris (PL) após um desentendimento anterior e agradecendo aos parlamentares pela nova chance de debater o tema.
“Foi uma votação emocionante. Agradeço a todos que entenderam que isso não é um projeto político, é um projeto humano. Estamos falando de servidores que dedicam suas vidas às nossas crianças, mas sequer podem partilhar uma refeição simples durante a jornada de trabalho”, destacou Dídimo Vovô.
A nova versão da matéria será apresentada novamente no expediente da próxima sessão, marcada para terça-feira (25). Se aprovada em plenário, o projeto segue para sanção do Executivo. Há expectativa positiva de que, desta vez, o prefeito Abílio Brunini sancione a proposta, colocando fim a uma polêmica e garantindo dignidade a milhares de servidores da educação.
🟡 O que o projeto propõe?
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Autoriza o consumo do excedente da merenda escolar pelos profissionais da educação municipal durante o horário de trabalho.
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Não gera custos adicionais ao município.
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Alcança diretamente mais de 9 mil servidores que hoje não têm acesso à alimentação nas escolas.
🟢 E agora?
Com o parecer contrário derrubado, a matéria volta para a pauta da próxima sessão. A expectativa é que seja aprovada em definitivo e encaminhada para sanção. Caso o prefeito sancione a lei, a medida poderá entrar em vigor ainda neste semestre.
🗣️ Uma iniciativa que vai muito além da política. É respeito, empatia e justiça social com quem constrói a educação todos os dias!