A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou, nesta terça-feira (29), um requerimento do senador Wellington Fagundes (PL-MT) para realizar uma audiência pública que discutirá a modelagem da concessão da BR-364, no trecho entre Rondonópolis (MT) e Jataí-Rio Verde (GO). A data da audiência ainda será definida.
O objetivo do debate é garantir transparência no processo e ouvir a sociedade sobre pontos sensíveis da proposta, como valor da tarifa de pedágio, cronograma de obras, manutenção, duplicações, travessias urbanas, cobertura de internet 5G e dispositivos de segurança previstos no Plano de Exploração da Rodovia (PER).
Wellington destacou a importância estratégica da BR-364 para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, o transporte de passageiros e o desenvolvimento da região. Ele alertou, no entanto, para o risco de frustração da população caso a concessão não preveja obras efetivas em curto e médio prazos. “Isso nos preocupa, porque não temos praticamente nada de duplicação. A população começará a pagar pedágio sem ver obras acontecendo. Precisamos garantir que esse processo traga benefícios reais desde o início”, afirmou Fagundes.
O senador relembrou ainda o “Movimento Pró-Duplicação da BR-364”, uma iniciativa conjunta liderada pela Associação Comercial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e o próprio senador. O grupo atuou de forma coordenada para pressionar o governo federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a incluir obras de duplicação neste trecho entre Rondonópolis e Jataí no plano de concessão da rodovia.
“Ninguém trabalha sozinho! Nossos esforços valeram a pena e juntos sensibilizamos o Ministério dos Transportes. Vale lembrar que o projeto previa apenas a construção de terceiras faixas, mas, após diversas reuniões e articulações, o plano de outorga foi ajustado para contemplar a duplicação do trecho, com investimentos estimados em R$ 6,8 bilhões ao longo de 30 anos. Não vamos desistir”, ressaltou Fagundes.