A escritora cuiabana Stéfanie Sande é uma das atrações confirmadas do FARPA 2025 — Festival de Arte da Palavra — que acontece de 20 a 25 de maio, no Polo Sociocultural Sesc Paraty, no Rio de Janeiro. O evento integra a programação do projeto Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras, considerado o maior circuito literário do país, reunindo autores e artistas de todas as regiões brasileiras em uma verdadeira imersão criativa.
Doutora em Escrita Criativa e autora de quatro livros publicados, Stéfanie participará da mesa “Entre Palavras e Traços”, no dia 23 de maio, ao lado do artista visual Anderson Shon. O encontro propõe um diálogo entre literatura e artes visuais, explorando linguagens híbridas e narrativas sensíveis.
O FARPA marca o encerramento anual do projeto Arte da Palavra, promovido pelo Departamento Nacional do Sesc, com uma proposta imersiva e colaborativa: os convidados permanecem durante toda a semana do evento, atuando não apenas como palestrantes, mas também como participantes ativos da programação, fomentando trocas criativas e intercâmbio entre diferentes expressões artísticas e regiões do país.
Antes de chegar ao festival, Stéfanie já percorreu diversas cidades do Rio Grande do Sul, participando de oficinas e encontros com estudantes dentro do circuito Arte da Palavra. Após Paraty, ela segue na turnê nacional ao lado do escritor goiano Mazinho Souza, com novas paradas previstas para Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, ainda em 2025.
Reconhecida por seu trabalho literário sensível e politicamente engajado, Stéfanie é jornalista, mestre e doutora em Escrita Criativa pela PUCRS. Tornou-se a primeira autora cuiabana a publicar pela prestigiada editora Alfaguara, selo do grupo Companhia das Letras. Seu mais recente romance, Café Majestic (2023), narra o reencontro entre duas mulheres unidas por um passado comum. A obra, baseada em um conto anterior, ganhou corpo após convite da editora, que conheceu o trabalho da escritora por meio de seu segundo livro, Virginia.
Com uma trajetória literária marcada pela dedicação e pela experimentação narrativa, Stéfanie passou seis anos como bolsista de mestrado e doutorado, período em que pôde se dedicar integralmente à formação acadêmica e à produção de sua obra. Sua escrita mistura lirismo, crítica social e uma abordagem potente sobre o feminino, a memória e a identidade.
Em 2024, a autora comemorou uma década de carreira literária. A data será celebrada com uma edição especial de sua estreia, a coletânea de poesias Borboletas Infinitas de Coração Imperfeito, lançada originalmente quando ela tinha 22 anos. O relançamento contará com capa renovada e conteúdo extra, reafirmando a importância da obra na consolidação de sua voz autoral.