A paciência do governador Mauro Mendes (União Brasil) parece ter chegado ao limite. Ele voltou a cobrar publicamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o futuro da Ferrogrão, a ferrovia estratégica que ligaria Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA), escoando a produção agrícola de Mato Grosso pelo norte do país.
Durante entrevista ao podcast da Aprosoja-MT, Mendes não economizou nas palavras e fez duras críticas à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acusando-a de agir contra os interesses do Brasil sob o pretexto de proteção ambiental.
🗣️ “A ministra é contra. Isso é pseudoambientalismo. Falam em proteger o meio ambiente, mas preferem deixar milhões de caminhões nas rodovias queimando óleo diesel a permitir uma ferrovia limpa, eficiente e que reduz custos logísticos”, disparou Mendes.
Ferrovia parada, prejuízo em alta: agronegócio pode perder R$ 20 bilhões por ano
A Ferrogrão é considerada a obra mais importante da logística brasileira para o agro, podendo reduzir em até 30% o custo de transporte da safra do Centro-Oeste até os portos. Sem ela, Mato Grosso perde competitividade para outros estados e países.
Estudos apontam que a ferrovia poderia tirar mais de 1 milhão de caminhões por ano das estradas, reduzindo acidentes, emissão de CO₂ e o desgaste das rodovias federais. Além disso, o impacto positivo para o meio ambiente seria expressivo, com redução de 70% nas emissões de gases poluentes em comparação ao transporte rodoviário.
🚫 Travada por decisões políticas e judiciais
O projeto está travado desde 2021 por uma decisão do STF, que suspendeu a tramitação após ação envolvendo a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. O governo federal, por meio da AGU, reconheceu a inconstitucionalidade da lei aprovada ainda no governo Temer — o que jogou um balde de água fria nos planos do setor produtivo.
🗣️ “Estão criando uma narrativa de que vai atingir terras indígenas, mas isso é mentira. Tem gente dizendo que tem aldeia onde é bairro urbano em Miritituba. Chega de enrolação, queremos resposta”, disse Mendes.
Obras paradas, estrada saturada
Hoje, quase 80% da produção agrícola de Mato Grosso sai por caminhões, trafegando pelas já saturadas BRs 163, 364 e 070. Além de acidentes frequentes, os custos com manutenção e frete tornam os produtos menos competitivos no mercado global.
“O Brasil está se tornando refém de decisões ideológicas. O governo precisa parar de falar bonito e começar a entregar o que importa: infraestrutura e competitividade”, alfinetou Mendes.
⏳ Pressão aumenta: setor exige ação do governo
O governador revelou que há dois meses solicitou audiência com o presidente Lula, mas até agora não obteve resposta. Disse também que tentar diálogo com Marina Silva e outros ministros “não adianta”.
🗣️ “Se não vão fazer, que digam logo! Assumam que não querem investir no Norte, que estão travando o progresso. Não vamos continuar sendo enrolados”, completou Mendes.
O que está em jogo:
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📍 Quase 1.000 km de ferrovia de Sinop a Miritituba
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💰 Redução de até R$ 20 bilhões por ano em custos logísticos
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🌱 Menos emissão de CO₂ e caminhões nas estradas
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🚚 Alívio nas BRs 163, 158 e 364
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🧑🌾 Mais competitividade para o agro de Mato Grosso
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📉 Risco de escoamento inviável para pequenos e médios produtores
E agora?
A decisão sobre o futuro da Ferrogrão está nas mãos do presidente Lula. O impasse judicial segue travando o projeto, enquanto o tempo e o prejuízo correm contra Mato Grosso.
Mendes segue pressionando — e o agro está junto!
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