O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) saiu em defesa do diálogo político e repudiou as interpretações feitas sobre a confraternização ocorrida no último sábado (3), da qual participaram ele, seu irmão – o senador Jayme Campos (União) –, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e representantes de outras siglas, incluindo partidos de centro e esquerda.
Júlio classificou como “absurdas” as insinuações de que o encontro teria fins eleitorais ou envolvesse articulações sobre 2026. Segundo o parlamentar, a reunião teve caráter informal e não tratou de filiações partidárias ou alianças futuras.
“O mal da política de Mato Grosso é esse radicalismo. Tem gente que acha que qualquer conversa entre partidos já significa adesão. Precisamos parar com isso. Democracia é diálogo. Nos Estados Unidos, na Europa, os partidos conversam. Aqui, devemos conversar com todos: PSD, PT, PL, MDB… O diálogo faz parte da política”, afirmou.
O deputado também saiu em defesa do ministro Fávaro, que tem sido alvo de críticas por parte da ala mais conservadora da política mato-grossense.
“Ele é ministro do presidente Lula com muita honra para Mato Grosso. É um excelente profissional e vem fazendo um grande trabalho na Agricultura. Gostaria que tivéssemos cinco Carlos Fávaro em Brasília trabalhando por Mato Grosso e pelo Brasil”, disparou.
Júlio Campos reforçou ainda que a relação entre o grupo político de sua família e Carlos Fávaro é de longa data, lembrando que o senador Jayme Campos já contou com apoio de Fávaro em eleições passadas. Ele também destacou que diversos partidos estiveram representados na confraternização, incluindo MDB, União Brasil e PP, reforçando que o encontro foi meramente social.
“Foi um simples churrasco, uma confraternização. Claro que quando políticos se reúnem, tiram uma foto e já surgem especulações sobre sucessão. Mas a eleição é em 2026. Agora é hora de trabalhar pelo estado, não de antecipar disputas”, concluiu.
A fala do parlamentar reforça sua postura histórica de moderação política e articulação institucional, em um momento em que o país continua polarizado.