Por Alex Rabelo, jornalista e especialista em marketing político
A política mato-grossense se parece cada vez mais com uma partida de pôquer. As cartas estão sendo distribuídas, os jogadores observam em silêncio e os movimentos mais decisivos ainda estão por vir. Mas engana-se quem acha que o jogo só começa em 2026. Ele já está em andamento, com apostas sendo feitas nos bastidores e estratégias sendo desenhadas com precisão cirúrgica.
Por fora, tudo parece calmo: sorrisos protocolares, discursos técnicos, promessas de foco na gestão. Mas por dentro, o clima é de concentração e leitura de cenário. É o momento em que cada peça é posicionada com cuidado — e cada passo, por menor que pareça, revela intenção.
🃏 Mauro tem um nome. Mas o tabuleiro é maior.
Não é segredo: Mauro Mendes gostaria de ver Otaviano Pivetta como seu sucessor no Palácio Paiaguás. É seu parceiro de gestão, alguém que comunga da mesma visão técnica e administrativa. Mas política não se joga apenas com lógica. Se fosse assim, seria xadrez. E aqui, estamos falando de pôquer: há blefes, cartas na manga e viradas imprevisíveis.
É nesse cenário que um nome cresce em silêncio, com consistência: Max Russi.
♦️ Max Russi: a carta que circula nas mãos de vários jogadores
Nos bastidores, Max é o nome que aparece com frequência nas conversas sérias — entre prefeitos, deputados, lideranças regionais e até adversários. O respeito que conquistou não é emprestado, é construído.
Presidente da Assembleia Legislativa, Max tem jogado com equilíbrio. Sabe articular com prefeitos, dialoga com o Executivo, mantém boa relação com o setor produtivo e circula entre partidos sem causar ruído. Tem o que falta a muitos jogadores da mesa: habilidade política e presença real nos municípios médios e pequenos — onde o jogo é decidido.
De vereador a presidente da ALMT, Max não pulou etapas. Foi acumulando fichas, ganhando crédito político e consolidando alianças. Hoje, aparece como um nome que agrada a vários setores, da direita moderada ao centro, e até segmentos da esquerda — todos em nome da continuidade de um governo bem avaliado.
♣️ Mas o jogo tem mais cartas na mesa
Não seria uma partida completa sem outros jogadores experientes no jogo:
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Jaime Campos, com forte presença no interior, tem intensificado visitas e conversas com prefeitos. Sabe jogar no corpo a corpo e tem o trunfo da experiência.
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Wellington Fagundes, senador e líder do PL, tem nas mãos uma base robusta de prefeitos e vereadores eleitos — além da possibilidade de trazer o apoio direto de Jair Bolsonaro, uma carta poderosa no Mato Grosso.
Ambos estão em campo. Fazem leitura de cenário e se movimentam com inteligência.
♥️ O Senado: a disputa mais difícil do baralho
A eleição para o Senado promete ser uma das mais acirradas da história de Mato Grosso. Não é exagero. Com tantos nomes fortes e interesses em jogo, quem construir um grupo coeso para o governo estará um passo à frente na disputa pela cadeira do Senado.
E é aí que Max Russi volta a ser peça-chave. Um grupo articulado com ele na cabeça pode ser o elo que fortalece alianças e impulsiona a vitória tanto no Executivo quanto no Legislativo.
🔍 Leitura final da mesa
Otaviano Pivetta é o nome de Mauro. Isso está claro. Mas Max Russi é o nome que o grupo pode escolher. Tem capilaridade, equilíbrio, presença e o mais importante: está crescendo sem fazer barulho. Está fazendo política de forma inteligente — como se joga pôquer: observando, construindo, esperando o momento certo para colocar as fichas na mesa.
Se continuar nesse ritmo, pode ser o governador que Mato Grosso ainda não sabe que já escolheu.
✍️ Por Alex Rabelo
Jornalista, empresário e especialista em marketing político