Durante coletiva de imprensa, no Palácio Alencastro, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou estar sendo alvo de ameaças e defendeu a lei que garante o uso de escolta pessoal para ele, sua esposa — a vereadora e primeira-dama Samantha Iris (PL) — e seus filhos.
A medida, criticada pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), gerou embate público sobre o uso da estrutura de segurança da prefeitura. Abilio rebateu as críticas e justificou a decisão:
“A quantidade de empresas, a quantidade de pessoas que eu tenho enfrentado… Eu não posso brincar com a minha segurança e nem com a segurança dos meus filhos e da minha esposa. A gente está lidando com valores altíssimos, dívidas… Eu não vou, só para agradar o Emanuel, deixar minha família em risco.”
O prefeito ainda afirmou que sua gestão tem sido alvo de tentativas de ataques virtuais, como clonagem de WhatsApp e invasão de celulares, e que os casos estão sendo monitorados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Abilio cita uso da segurança pela gestão anterior
Ao rebater o ex-prefeito, Abilio comparou a atual estrutura com a que, segundo ele, já era utilizada anteriormente por Emanuel Pinheiro e pela ex-primeira-dama Márcia Pinheiro (PV).
“Ele tinha o mesmo número de seguranças que eu tenho. A Márcia andava com segurança, inclusive teve um carro da prefeitura roubado enquanto estava no salão de cabeleireiro.”
Além disso, o atual prefeito mencionou possíveis irregularidades da antiga gestão, citando casos de servidores terceirizados supostamente lotados em funções pessoais na residência do ex-prefeito.
“As coisas que o Emanuel fez na gestão dele são muito diferentes das que a gente faz. A gente atua dentro da legalidade.”
Quem está certo?
A polêmica levanta um debate relevante: a estrutura de segurança pessoal para agentes públicos e seus familiares é um direito legítimo diante de ameaças reais ou um uso indevido da máquina pública?
Enquanto Abilio reforça a necessidade de proteção frente a um cenário de conflitos e exposição política, adversários criticam o uso da escolta como privilégio.
A pergunta que fica é: quem está certo — o atual prefeito ao defender sua segurança pessoal com base em ameaças, ou os críticos que apontam exagero e uso político da estrutura pública?